7 de setembro de 2013

O vento frio gela meu corpo, mesmo estando sobre o sol o seu calor não é suficiente. Minha alma treme, e meu espirito sibila em mim, é o medo, medo da vida, medo da morte. Medo de não ter vivido, medo de que no final eu não queira ir. Medo de ver a verdade apenas na ultima hora, medo de perceber que escolhi esperar a vida passar para ser feliz.
Eu tinha jurado para mim que pararia, que não ficaria mais sentada assistindo minha vida como se fosse um filme de baixa categoria passar por mim, eu jurei que iria me levantar e viver. Sem medo de errar, de me machucar, de sofrer e de chorar, eu falhei agora. Eu tentei, mas o medo foi maior do que minha alma, mas prometi a mim outra vez, que agora deitada aqui nesse chão de terra onde a vida corre forte como sangue em uma veia eu prometi que iria tentar outra vez. 
Que o vento frio não ia ser suficiente para gelar meu coração e me derrubar , se eu ainda estou sobre a terra e não debaixo dela eu tenho uma chance,eu me  levanto, o sol brilha mais forte agora, a alma se acalma, o espirito aconchega em mim outra vez, tenho medo, sempre terei, o medo esta preso em mim agora, mas preso com ele esta algo mais. Algo diferente de tudo que já senti, a expectativa, a esperança, não posso acreditar que sinto isso em meu coração, a tanto já tinha me esquecido de como era bom esse ventinho morno que bate na alma e me deixa ciente que algo vai acontecer. é um novo tipo de medo, é  um medo bom, um medo quente que alegra por dentro, como o medo de uma montanha russa. Um medo contente que dança no meu corpo. É a esperança. 
Fecho os olhos, o sol me atinge agora, minha alma dança, meu corpo esta firme, eu estou viva, e o show continua sem fim. É a vida, a morte, e  estou pela primeira vez, vivendo.

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